A Ponta dos Castelhanos é uma das praias de Boipeba e tem particularidades incríveis. Ver ver como chegar até lá por uma experiência única: passando no meio do manguezal a pé!
Como chegar em Ponta dos Castelhanos
Você pode chegar em Ponta dos Castelhanos de alguns jeitos:
- Fazer uma parada no passeio de barco de volta à ilha.
- Ir de bicicleta: tem algumas agências de passeio em Boipeba que oferecem essa opção (estava em torno de R$ 80 por pessoa).
- Pegar um barquinho nas piscinas naturais de Bainema (custa uns R$ 20 por pessoa).
- Ir a pé pelo manguezal com um guia (R$ 30 por pessoa).
Nós “escolhemos” ir a pé pelo manguezal, mas preciso contar como nós passamos de “um dia tranquilo em Bainema” para “samba em Moreré”, passando pelos manguezais pra chegar em Castelhanos. Esse foi o dia mais memorável da viagem!
Como chegar em Ponta dos Castelhanos com emoção (pelo manguezal)
Saímos da pousada e pensamos em passar um dia tranquilo na deserta praia de Bainema, com suas águas cor de Listerine.
Depois de uma bela caminhada, estávamos quase chegando até onde iríamos ficar em Bainema quando um nativo, que estava com 3 turistas, perguntou se não gostaríamos de ir até Castelhanos.
A gente ainda não tinha ido porque o passeio de barco volta a ilha estava caro, a agência do passeio de bicicleta não nos respondeu e íamos tentar a sorte de achar o senhor com o barquinho que tinha nos oferecido pra levar de Bainema até lá. Eu sabia que dava pra ir pelo mangue mas nem sequer cogitei a ideia porque “não ia andar no mangue de jeito nenhum“.
Mas pensamos “Por que não?” e aceitamos, nos juntando ao grupo de 3 pessoas que já estavam indo.
Chegando no final da praia de Bainema, tem uma entradinha pro caminho até Castelhanos que nunca teríamos adivinhado onde fica. Nessa entradinha, tinham mais dois turistas pensando se iam arriscar ir sozinhos ou não nessa caminhada. O guia convidou eles pra se juntarem a nós e aí formamos nosso grupo final de 7 pessoas!
Começamos a caminhada por dentro de uma fazenda, em uma trilha super tranquila com várias árvores de mangue, que segundo o guia seria de uns 20 minutos (foram 2km no total).
Em um dos momentos, chegamos em uma clareira enorme com entradinhas pra várias trilhas. Não recomendo ir sozinha pela primeira vez sem um guia.
Andando mais um pouco, chegamos em um rio onde um único barquinho estava nos esperando:
O barquinho nos levou até a praia de Castelhanos pelo mangue. E QUE PAISAGEM maravilhosa durante todo o caminho!
A praia de Castelhanos
Chegamos na praia de Castelhanos e logo mergulhamos onde o rio encontra o mar, nessas águas paradisíacas.
A praia não é tão grande e, na maré baixa, se formam várias piscinas naturais.
Dá pra ver vários bichinhos e peixes bem pertinho da areia.
Castelhanos tem várias barracas de pastel, que parece ter se tornado um marco do lugar. Não sei nem indicar uma porque deve ter mais de 20!
Depois de alimentados e de passar o dia assim na água, chegou a hora de voltar.
Voltando da praia de Castelhanos pelo mangue
Voltamos com nosso barquinho no final do dia, onde a luz do sol estava naquele tom de dourado maravilhoso.
O barquinho começou a se aproximar de uma entradinha do manguezal que era muito pequena pra ele passar, e eu na minha inocência pensei que estávamos parando pra assistir ao pôr-do-sol.
Para meu total choque (que foi o que me moveu o restante do passeio), descobri que a gente ia descer ali mesmo e seguir o caminho a pé. Por aqui:
A água estava na nossa canela e o barro do mangue também. É indescritível a sensação de pisar numa água barrenta em que não dá pra ver o fundo (possivelmente cheio de caranguejos). Tenho areia preta nas unhas até hoje kkk
Andamos uns 10 minutos eternos, intercalando com aprender a coreografia da pisadinha no barro e (quase) todo mundo em pânico pela barrela que a gente estava e pelo sol estar se pondo.
Chegamos em Bainema na hora do pôr-do-sol e ninguém queria ir embora. O guia ficou íntimo e paramos em uma barraquinha de conhecidos dele pra bater papo, beber e esperar escurecer.
Tanto o pôr-do-sol quanto o céu estrelado nesse dia foram uma experiência que me deixa arrepiada até hoje.
Bom, mas não acabamos por aí, ainda tinha os mais ou menos 3km pra andar até Moreré e ainda pegar o trator ou quadriciclo pra voltar (e não sou só eu que fico em pânico de não ter como voltar pra pousada a noite, conheci outras pessoas assim e posso provar kkk).
Depois de passar pela estrada e por um trechinho de mangue a noite, com luzes da lanterna do celular, chegamos em Moreré e descobrimos que a ilha inteira estava em um samba ali. Nem sabia que tinha tanta gente por lá! Aproveitamos um pouco, mas o grupo se dispersou pela fome e outras vontades. Voltamos de quadriciclo (sim, tinha transporte e ainda teve trator às 00h).
Recomendamos demais esse passeio, foi o mais legal e mais barato que fizemos por lá. Claro que o grupo que se formou ajudou demais, porque as companhias foram muito boas, mas não deixe de ir por isso!
Samanta Gomes de Oliveira
Pessoal, tudo bem?
conseguem passar o contato do whatsapp dele? acho que no instagram não está mais ativo
Viagem com Emoção
Infelizmente não temos o whatsapp 🙁