Estávamos hospedados em Itacaré e resolvemos conhecer a Península de Maraú, que fica bem próxima. Vem conhecer as belezas desse paraíso de piscinas naturais, ilhas e águas claras.

Ilha da Pedra Furada

Como chegar na Península de Maraú

Camamu é a cidade onde fica o porto em que pegamos o barco para os passeios na Península de Maraú. Fica a 50km de Itacaré por estrada asfaltada.

Tem como chegar na Península de Maraú de carro também, mas parece que a estrada é muito ruim e preferimos não arriscar. Na cidade, você pode deixar o carro em um estacionamentos enquanto passeia de barco. Pagamos R$ 20 a diária da moto.

As coisas que ninguém te conta: os estacionamentos não são nada como estamos acostumados. O que ficamos foi a pessoa que compramos o passeio de barco que nos indicou. Era uma casa particular com um galpão com um ou outro carro estacionado, e precisamos procurar o dono pra abrir o enorme cadeado do portão pra gente. O detalhe vai pro canil com cachorros nada amigáveis prestes a nos devorar a qualquer momento. Não existe nenhum tipo de comprovante que você deixou sua moto lá, só deixam um cartãozinho com telefone do lugar. Então imaginei que 1) não acharíamos nem uma roda da moto a hora que a gente voltasse, e ficaríamos presos na cidade só de sunga e biquíni ou 2) ninguém abriria o portão pra gente e ficaríamos presos na cidade só de sunga e biquíni a noite. Felizmente, deu tudo certo no final e o dono também não tentou nos sequestrar e manter em cativeiro. 🙂

Chegando no cais, todos os vendedores te abordam e grudam em você até te vender um passeio. A gente já foi direto em um lugar que tinham nos indicado pra ser mais fácil, uma galeria onde fica o lugar de informações turísticas (é bem em frente ao cais).

Baía de Camamu

Camamu não é bonita, pelo menos a parte do porto. Dá um pouco de medo do lugar em que ele fica, mas é bem típico de lugares turísticos onde todo mundo tenta de vender alguma coisa.

Barra Grande

Para chegar em Barra Grande, pegamos uma lancha no porto de Camamu que custou R$ 40 por pessoa ida e volta e levou meia hora. Tem opções de barcos bem mais baratos, mas eles tem hora marcada pra ir e voltar e leva 1h30.

Ah, foi a primeira vez que andamos de lancha e foi A MAIOR EMOÇÃO! Nos sentimos ricos hahaha. Também foi divertido porque tinha uma grávida na mesma lancha que a gente e achamos que ela iria voar pra fora cada vez que a lancha subia e descia na água 😛

Emoção na lancha!

Chegando em Barra Grande, tem vários restaurantes, pousadas e uma pequena vila com lojinhas. A praia é uma delícia, de águas cristalinas e calmas.

Chegando em Barra Grande
Barra Grande

Taipu de Fora

Após chegar em Barra Grande, você pode pegar uma jardineira que te leva até o outro lado da península, onde fica Taipu de Fora. Se não me engano pagamos R$ 10 cada pra ida e R$ 10 pra volta. Andamos uns 40min por uma estrada de terra bem ruinzinha até lá.

Jardineira na estrada pra Taipu de Fora

Não tem nem palavras pra descrever Taipu de Fora. O mar é cercado por uma parede de coral que forma uma piscina gigante, por isso a praia é calminha.

Paredão de corais em Taipu de Fora

Tem muitos corais no rasinho mesmo, formando piscinas naturais cheias de peixes. Alugamos um snorkel e é surreal o tanto de peixes lindos que vimos, até sem mergulhar.

Vendo peixes lindos no rasinho

O tempo estava fechado, mas ainda assim a água estava transparente de doer.

Taipu de Fora

Na orla tem várias pousadas e quiosques. Com certeza a gente quer voltar pra ficar em uma pousada lá mesmo!

Taipu de Fora

Passeio de barco pela Península de Maraú

Pagamos R$ 30 cada por um passeio de barco que saiu de Camamu e passou por várias praias da Península de Maraú. Durou umas 6h.

Passeio de barco

O braço de mar da Península e o rio que se encontram formam um manguezal imenso. É por ele que navegamos todo tempo, então é bem tranquila a viagem e não balança quase nada (meu maior medo era passar mal a viagem inteira, claro).

Navegando pela baía de Camamu

O barco era uma micareta. Foi sair do porto e já estávamos curtindo arrocha com aquela horda de crianças e gente levando isopor com cerveja. Nosso guia SUPER animado vestida uma camisa havaiana e sunga e dançou todo tempo. No final todos se tornarão uma grande família #sóquenão

Micareta voltando pro barco =P

Ilha da Pedra Furada

Uma das paradas do caminho. Ali é o paraíso, o lugar mais lindo de toda a viagem, parece coisa de filme.

Chegando da Ilha da Pedra Furada

O barco ancora em um banco de areia e você caminha por uma pequena faixa de areia até a ilha, por isso a maré precisa estar baixa.

Caminho pra Ilha...

A água é transparente, quente, cheia de pedrinhas no fundo. Se não me engano o ingresso pra entrar na ilha é R$ 3, pois é propriedade privada.

A "pedra furada" que dá nome a Ilha
A “pedra furada” que dá nome a Ilha

Praia do Sapinho

Paramos nessa praia pra almoçar. Tem alguns restaurantes e uma vila pequena. Comemos peixe-agulha frito, os mesmos que a gente estava vendo nadar na água embaixo de nós. Deliciosos 😛

Peixe agulha de almoço
A vista do nosso almoço em Sapinhos

Praia de Goió

De frente pra Sapinho, paramos pra nadar em mais uma água quentinha, transparente e maravilhosa.

Goió

Bônus: um desabafo às garupas que vão pra praia de moto

Como pegamos uma rodovia pra ir pra outra cidade de moto, precisamos ir vestidos com jaqueta, calça, tênis e tudo mais. Claro que a gente não ia pra praia carregando calça, tênis etc. A solução era chegar no estacionamento e começar a tirar a roupa “de moto” em frente ao dono do lugar.

Como a gente não sabia que o porto da cidade era uma área tão estranha (a gente esperava um lugar cheio de turistas e entretenimento), eu já fui chegando lá de saída de praia, chapeuzinho e chinelo. Só que o lugar era cheio de açougues, depósitos que pareciam abandonados e poucos turistas.

Mas essa não é a pior parte.

Na volta, a gente estava todo grudento de água salgada, areia, suor e protetor. Meu cabelo já estava uó de embaraçado. O que fazer? Começar a vestir calça e jaqueta por cima do biquíni molhado, tênis com pé sujo de areia, capacete com cabelo desgrenhado e molhado.

O consolo é que essa foi a única parte ruim, então não desanime porque vale muuuito a pena! (principalmente porque não tem trilhas no mato nem bichos :P).

Pôr do sol na volta

Dicas

  • Chegue cedo em Camamu para pegar os barcos cedo e aproveitar o dia na Península. O horário de volta é umas 17h;
  • Comprar o passeio de barco em Camamu saiu um pouco mais barato, mas tem várias casas de turismo em Itacaré que vendem o pacote completo lá mesmo;
  • Se puder, escolha um dia bem ensolarado. As paisagens ficam muito mais bonitas!

Veja as cidades que visitamos no nosso roteiro de moto entre Belo Horizonte e Bahia