Passamos 10 dias em Itacaré, na Bahia, e conhecemos quase todas as praias próximas. Depois de alguns dias viajando de moto desde Belo Horizonte, foi um descanso super merecido. Vem ver todas as dicas pra curtir esse paraíso!
Praia do Resende
Andando até o final da rua principal, você vai chegar em um caminho de uns 200m que leva a quatro praias.
A praia do Resende é a primeira delas. Ficamos um dia por lá, ela é bem parecida com as próximas duas que vamos contar. Água morninha, cristalina, ondas fortes e enseada pequena.
Praia da Costa
A segunda praia fica na enseada logo após a praia do Resende. Ficamos um dia nessa, só deitados na grama embaixo de um coqueiro!
Depois falaram com a gente que é uma das mais perigosas pra nadar, porque tem pedras dos dois lados e a corrente puxa pro lado delas. Mas como eu só nado no rasinho e obrigo o Adriano a nadar lá também, não tivemos problemas 😛
Praia do Tiririca
A terceira praia seguindo pela mesma rua, conhecida pelos campeonatos de surf. Não ficamos nela pois as ondas são muito fortes.
Praia da Ribeira
A praia da Riberia tem vários quiosques na beira da praia (foi a única, tirando a praia Central, que tinha mesas na areia), tirolesa e uma mata bem fechada cercando.
Também tem um rio que deságua no mar, e quando a maré sobe, as mesas dos quiosques ficam dentro dágua mesmo. A água estava uma delícia, mas estava lotada!
Prainha
Pra chegar na Prainha, é preciso pegar uma trilha que começa na praia da Ribeira. Pagamos R$ 20 pra um guia nos levar pela trilha, ficam vários na praia da Ribeira.
Alguns turistas honestos esperam alguém contratar um dos guias pra ir seguindo eles pelas trilhas, mas a gente achou feio e foi com um guia cheio das histórias e divertidíssimo chamado Jacaré (é comum irem várias pessoas no mesmo grupo).
A trilha não é pesada, é bem batida, a maior parte na sombra, e até movimentada. Pelo caminho tem vendedores de côco e até uma mini-cachoeira pra refrescar.
Não entrei na cachoeira porque devia ter bichos, logo, sofri bastante com o calor onde a trilha era no descampado. Fora o guia brincando de assustar a gente olhando pra trás de repente e falando “OLHA O BICHO!”.
Desabafo: precisei escolher entre ficar perdida na floresta pra sempre ou seguir um guia que poderia nos roubar e matar a qualquer momento. Pra aumentar a neurose, ele tinha um machucado misterioso na perna que não quis contar como foi feito, e precisava tomar um tal remédio SEM FALTA em determinada hora, que fez ele caminhar 2h a mais na trilha só pra tomar e voltar. :O
O Jacaré explicou tudo sobre todas as árvores, pedras, frutas, sementes e animais do caminho. Foi puro entretenimento. Ele nos deixou na praia e voltou algumas horas depois pra levar a gente de volta, mas CLARO que mais algumas pessoas honestas resolveram ir embora sem pagar. Porém, ele encontrou as pessoas no meio do caminho e elas pagaram com a cara no chão. Ouvimos toda uma palestra sobre honestidade na volta hahaha
Recomendamos muito ele se alguém for pra lá e precisar. Ele até tocou berimbau pra gente.
Depois de 40 minutos de caminhada pela mata, você chega na incrível Prainha:
A praia não tem barracas e no dia em que fomos tinham uns poucos vendedores ambulantes. A dica é levar lanche e água pra passar o dia.
Tem um coqueiral muito gostoso pra estender a canga e relaxar.
Praia da Concha
Essa é a praia mais central da cidade, bem movimentada. Não tem ondas, é quase um piscinão, pois ali a água do mar junta com a água do rio. A areia é daquelas mais grudentas, tipo lodo, e, apesar da água morninha, não curtimos muito por ser muito movimentada.
Praia da Coroinha
Também no centro, é a praia onde os barcos ancoram. A atração de lá é o pôr-do-sol ao som de berimbau, tocado num mirante. No dia em que escolhemos pra ver estava nublado 🙁
Praia de Itacarezinho
Itacarezinho fica a 15 km de Itacaré, na rodovia que dá acesso a cidade. Chegando lá, tem uma ladeira pra chegar até a praia, e se você descer de moto ou carro obrigatoriamente precisa parar no estacionamento, que foi R$ 10 pra moto.
Na praia só tem um restaurante com barracas chiquérrimas em uma área fechada. Acho que nem chegamos a perguntar o preço pra ficar lá, mas como vimos a galera tomando champanhe, desistimos. 😛
Na praia, a gente calcula se as coisas são caras ou não pelo preço do côco. Nessa, 300ml de água de côco no copo, daquelas de máquina, era R$ 5. Ainda bem que a gente sai prevenido com água e lanche 😛
A praia é si é linda e imensa! É aquela praia plana, que você vai andando pela água e de repente tá lá no meio do mar. Tem ondas fortes, mas lá no fundo.
Praia de Havaizinho e Engenhoca
As praias de Havaizinho e Engenhoca ficam na mesma entrada. Fomos de moto até a entrada do lugar, a 19 km de Itacaré, e deixamos estacionado na beira da rodovia mesmo (tem estacionamento). Acho que pagamos R$ 5.
Pausa para falar da trilha: pra chegar nas praias, é uma caminhada de meia hora em uma trilha fechada, pouco batida em alguns lugares, vazia e super silenciosa. Qualquer barulhinho pra mim era uma onça, cascavéis, javalis e coisas assim. Andei cada minuto esperando que um maníaco pulasse do meio de uma moita e nos arrastasse até uma cabana abandonada pra nos torturar. Essa foto é da melhor parte da trilha 😛
Em um determinado trecho da trilha tem uma bifurcação: a esquerda é a praia de Engenhoca e a direita a prainha (não lembro se tinha placa, acho que não).
Na praia de Engenhoca não entramos na água. A praia é bem parecida com as outras. Tinha uma barraca vendendo a melhor cocada do mundo! Se você precisa de um incentivo pra enfrentar uma trilha dessas, pense na cocada de lá! No meu caso, nem cocada consolou, e eu só pensava que teria que voltar pela mesma trilha (correndo, claro).
Nesse dia ficamos na praia de Havaizinho.
A vista quando se está chegando é muito bonita, mas no dia estava chuviscando, achamos que deve ser mais linda ainda com sol forte. Tem barracas de comida nessa praia, principalmente tapioca 😛
Praia de Jeribucaçu
A praia de Jeribucaçu é quase dentro de Itacaré mesmo, mas você precisa pegar uma estrada de terra pra chegar. No final da estrada, tem algumas casas e os donos cobram pra estacionar no quintal deles. Foi R$ 10 pra moto.
Tem guias pra ir pela trilha se quiser, mas como era perto, fomos sem. Andamos meia hora mais ou menos pela pior trilha de todas. Tinha chovido, então tinha lama e barrancos escorregadios.
A chegada na praia é de tirar o fôlego, com vista do mar e do rio que deságua nele.
O mar tem ondas fortes, mais pra surfistas, mas ficar no rio também é uma delícia!
Os donos dos quiosques já te abordam assim que você chega perguntando se quer reservar almoço. O prato especial é peixe na brasa assado na hora, que você escolhe qual vai ser. Infelizmente não provamos dessa vez!
Pousada Pico das Praias, em Itacaré
Ficamos na Pousada Pico das Praias e pagamos R$ 100 a diária. Fica em uma rua cheia de restaurantes e lojas e bem no caminho para as praias que falamos lá em cima. O café da manhã é delicioso! Só de lembrar do cuscuz de tapioca, dos bolos e sucos naturais… hummm!
Restaurantes em Itacaré
Infelizmente não anotamos o nome desse, que estava com o valor mais em conta pra um dos PF mais gostosos que já comi: carne seca com banana da terra.
Também comemos na creperia do Tio Gu, estava uma delícia.
Melhores praias em Itacaré
As praias de Itacaré são um espetáculo. Durante a viagem, até classificamos elas com corações pra decidir quais a gente tinha amado mais. Pra mim, foram as praias da Costa e Itacarezinho. Adriano curtiu mais as primeiras praias que fomos – Resende, Costa, Tiririca e Ribeira – e o Havaizinho.
Todas as águas são mornas e cristalinas, tudo é muito limpo, o pessoal prestativo, o custo é baixo, não tinha “povão” em 95% das praias, enfim, vai ser difícil escolher uma ruim!
Vale avisar que Itacaré é um destino pra quem gosta de caminhadas e natureza, praias mais “selvagens”. Se você gosta de sair da pousada e deitar na barraca da praia, pense bem antes de ir 😉
Península de Maraú
Enquanto estávamos em Itacaré, visitamos a Península de Maraú e fizemos os passeios pelas praias de lá. Vem conhecer também!
Dicas de Itacaré
- Itacaré é bem grande, tem posto de gasolina, supermercados, bancos e tudo mais;
- Achamos a comida muito em conta, foi o lugar que em comemos melhor e pagamos menos;
- Algumas trilhas realmente precisam de guias, não tente se arriscar sozinho e ficar perdido por lá;
- Algumas trilhas são mais fechadas e é bom ir de tênis/calça (descobri isso depois de estar na trilha de saída de praia e chinelo – e o Adriano pediu pra acrescentar “eu avisei” :P)
- Em quase todas as praias distantes que a gente foi tinha barraca de comida, mas é sempre bom levar um lanchinho.
- Compre água mineral: uma dica é comprar o galão de 5l e ir enchendo garrafas menores. Veja dicas de como se alimentar bem em viagens aqui!
O trajeto entre Arraial D’Ajuda e Itacaré
Depois de Arraial D’Ajuda, seguimos viagem sentido Ilhéus. Na ida, fizemos um caminho um pouco maior porque nos perdemos. O GPS indicava uma estrada muito estranha que não parecia uma BR e acabamos seguindo por outra um pouquinho mais longe. Passamos por Ilhéus, sem entrar na cidade, e seguimos até Itacaré/BA.
Logo depois de Ilhéus, antes de Itacaré, tem o mirante da Serra Grande, que é parada obrigatória:
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