Passamos um fim de semana a trabalho em Grumari, no Rio do Janeiro, e não foi lá a melhor experiência de nossas vidas. Não fizemos muita coisa, mas achamos legal contar aqui porque foi uma viagem COM EMOÇÃO mesmo 😛
A experiência já começa quando você sai às 4h da manhã de Belo Horizonte pra pegar um vôo às 6h30 em Confins. Das 5 pessoas no carro, eu era a única acordada e empolgada com a praia! Eles só queriam dormir 😛
Dentro do avião, entramos no modo turista e tietamos o Cristo Redentor quando estávamos chegando. O aeroporto nos recepcionou com um bafo quente. Por sorte estávamos com um carro alugado e não precisamos depender de táxi por lá.
No caminho para Grumari passamos pela orla de Ipanema e Copabana e, entre ‘ohsss’ e ‘ahhhs’, nosso único pensamento era: tiroteio, arrastão, bala perdida e esfaqueamento. Passamos pela favela da Rocinha e é muito surreal ver “ao vivo”. É enorme de um jeito que não dá pra entender pela TV. Também passamos por um viaduto de 2 andares que nunca tínhamos visto :O
Procurando o hotel, que ficava no Recreio dos Bandeirantes, caímos num beco esquisito com uma moto bloqueando a saída. Já em pânico só pelo fato de ser no RJ, descobrimos que a “pousada” reservada pelo Booking só tinha nome de pousada: era um hostel. Nunca tínhamos ficado em um (e não queremos novamente) porque achamos que não iríamos curtir o ambiente. E realmente não curtimos.
Já na chegada o recepcionista nos informou que era tranquilo deixar o carro na rua pois estávamos protegidos pela milícia, e que ali era proibido roubar e usar drogas.
Bom, saímos pra almoçar perto da Praça do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes. O lugar não parecia frequentado por turistas e os quiosques da praia pareciam abandonados. Pra completar, tive uma dor de barriga maluca e Adriano me salvou pedindo banheiro pra mim em um hotel (e eu roubei o papel higiênico)! <o>
A tarde o Adriano precisava trabalhar na praia de Grumari. O lugar é bonito, mas coincidiu de pegarmos o único fim de semana que choveu e fez frio no RJ. Tinha planejado ficar tomando sol enquanto ele trabalhava, mas era cada rajada de vento polar que só sobrou ficar dentro do carro esperando. Tudo foi tomado pela maresia nessa tarde: o carro, os equipamentos do trabalho, a gente…
A noite saímos pra comer em modo *turista em pânico com tiroteios etc*, vestidos com nossas melhores roupas de verão pra enfrentar o frio na cidade maravilhosa.
Encontramos um mini shopping e escolhemos a pizzaria do lugar. Devoramos felizes a primeira pizza gigante e, quando estávamos no processo de comer a segunda, achamos uma lagarta no meio das folhas de manjericão. O garçom se limitou a dizer que “era por causa das folhas de manjericão, né?”. Céus.
Voltamos pro nosso hostel-não-pousada, cada hora recepcionados por um hóspede, que provavelmente não entedia o que falávamos porque eram de países variados.
Na manhã seguinte, acordamos cedinho pra tomar café, já prevendo que se demorássemos ia acabar. Sentamos em uma mesa que parecia ser da cozinha mesmo e comemos o que tinha. Enquanto isso, outros hóspedes saiam dos quartos só de toalha pra ir ao banheiro do nosso lado. Gente, hostel não é pra nós.
Quando o casal de amigos que estava conosco acordou pra tomar café, mais tarde, encontraram todos os outros hóspedes confraternizando na mesa com o NOSSO café. Tiveram que ir até uma padaria comer. 🙁
Pra não falar que tudo foi ruim, gostamos de brincar no slackline que tinha lá 😛
Decidimos aproveitar o tempinho que tínhamos na praia. Fomos pra Grumari novamente, que estava LOTADA LOTADA LOTADA. Custamos a achar um lugar pra parar e acabamos deixando o carro em uma pirambeira na beira da estradinha.
No modo turista novamente, provamos o biscoito Globo doce e salgado. É um biscoito de polvilho, ponto. 😛
Eu nem entrei na água pra não morrer congelada, além do mar ser bem forte.
Na hora de ir embora do hostel, já estávamos conformados da água dos quartos ser de cisterna/chuva e amarelada. Porém, pra fechar com chave de ouro, ela acabou no meio dos nossos banhos.
Saímos às 16h pra pegar nosso vôo às 21h30. Paramos em uma lanchonete em frente a praia de Ipanema pra comprar salgados enormes, rezando pra não levar uma bala perdida. Alimentados, partimos pro aeroporto.
O trajeto foi uma corrida Nascar. O trânsito é um pandemônio. A velocidade máxima, de 90km/h, parece ser tratada como mínima. A todo momento estávamos torcendo pra não acabar capotados no meio de um dos viadutos de dois andares.
Uma das coisas que temíamos aconteceu: nos perdemos no caminho DENTRO DE UMA FAVELA. Chegamos em uma ruazinha com pneus no meio da pista, e nessa hora tenho certeza que o pensamento de todos foi: vamos morrer. Conseguimos sair e chegamos em uma rodovia cercada por muros de concretos, tampando a visão da favela.
Conseguimos chegar sãos e salvos ao aeroporto e felizmente entrar em nosso avião pra BH. Respiramos aliviados por estar longe da cidade maravilhosa…
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